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A Páscoa do essencial

A Páscoa do essencial

Por Silvia Adrião – Integrante da Rede Brasileira Infância e Consumo

Certamente, nesta época, caberia um texto provocativo, discutindo o excesso de consumismo que se vinculou com o período da Páscoa. Porém, diante do cenário mundial, não cabe agora esta provocação.

É tempo de aproveitar a reclusão e as dificuldades que se apresentaram repentinamente para refletirmos sobre o que realmente importa… Refletirmos sobre os sentidos reais da Páscoa. Independentemente da opção religiosa, a Páscoa remete ao “novo”, à renovação. Certamente, este sentido se faz urgente e necessário.

Que mundo queremos depois que tudo isso passar? Que mundo queremos para esta Páscoa? Ouso sonhar com um mundo transformado num lugar mais humano e solidário. Um mundo que volte a valorizar o que tem de mais essencial na vida, tudo aquilo que o dinheiro não pode comprar: amizade, presença, diálogo, abraços, sorrisos, natureza, sonhos, esperança…

Que nesta Páscoa, a renovação do olhar e dos valores da sociedade entre em cada uma de nossas casas. E, quando tudo isso acabar, que possamos abrir as nossas portas e janelas, sorrir para os vizinhos, abraçar os filhos, os amigos, levar um bolo para os avós, pisar na grama, ver o mar… E iremos descobrir, com a dura lição, que o coletivo deve estar acima do individualismo, a justiça precisa prevalecer sobre a injustiça e que a igualdade deve ser mais forte que a desigualdade. Esperamos que toda vida seja, enfim, valorizada.

“Poeta: Alguém que descobriu algo no mundo”. (Nelson F. Londoño, 9 anos) Do livro: Casa das Estrelas – O universo pelo olhar das crianças (Org. Javier Naranjo)

Que todos descubram a poesia que há na vida.

Saiba mais sobre a colunista Silvia Adrião:

Sou pedagoga, especialista em Construtivismo/Educação e Mestre em Sociologia da Educação.Tenho mais de 20 anos de experiência no trabalho com crianças e na defesa da cultura infantil. Sou pesquisadora e apaixonada por Literatura infantil e pela abordagem de ensino Italiana de Reggio Emilia. Encontrei na Rebrinc um espaço para ampliar o debate e o alcance das reflexões sobre infância.

 

Foto da matéria: Pixabay

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