Rebrinc leva a discussão do consumo na infância pelo Brasil
A Rede Brasileira Infância e Consumo é uma rede horizontal e colaborativa que reúne, virtual e presencialmente, pessoas físicas, instituições e movimentos. Como uma boa rede, os contatos entre seus integrantes são a sua principal força. E das conversas entre seus membros surgem ações que ajudam a levar a discussão sobre infância e consumo para novos espaços e públicos. Muitos encontros aconteceram no primeiro semestre de 2015, reunindo integrantes de diferentes estados. Formação de educadores da educação infantil, oficinas com crianças e educadores indígenas e debates sobre alimentação e saúde. Confira a Rebrinc pelo Brasil:
Santa Catarina em Minas Gerais
O pedagogo e artista plástico Leo Paqonawta é mineiro mas mora em Florianópolis onde dá aulas e faz doutorado na UFSC. Jaqueline Ramalho é de Belo Horizonte e coordena a Educação Infantil do Colégio Marista, instituição que também integra a Rebrinc. No dia 26 de março, Leo fez uma visita à Vila Marista, onde, para alegria dos alunos, as salas de aula formam uma linda minicidade. Na conversa com Jaqueline, ele falou sobre criatividade, infância, feiras de trocas de brinquedos e sobre a atuação da Rebrinc. Clique aqui para ler mais.
Duas vezes Minas Gerais
Em Belo Horizonte, a formação dos professores da Educação Infantil da Vila Marista, do Colégio Marista Dom Silvério, dia 17 de junho, contou também com a participação da jornalista e especialista em Educação Ambiental e Sustentabilidade, Desirée Ruas. Ela, que está na comunicação da Rebrinc, falou sobre o ativismo em favor da infância contando um pouco da história da Rede Brasileira Infância e Consumo. O convite foi feito pela coordenadora da Educação Infantil do Marista, Jaqueline Ramalho. “Foi ótimo estar na Vila Marista, em clima de festa junina, com direito a caldo e canjica antes da conversa com as educadoras. Muita troca de experiências e reflexões sobre os dilemas que a escola vive para iniciar uma consciência contra o consumismo infantil, seja em questões como o lanche das crianças ou as comemorações de aniversário”, explica Desirée Ruas, que também é de Belo Horizonte. Saiba mais aqui.
Rio de Janeiro visita o Rio Grande do Sul
A publicitária e integrante da Rede Brasileira Infância e Consumo, Nádia Rebouças, viajou do Rio de Janeiro até Porto Alegre a convite da médica Noemia Golraich, que também faz parte da Rebrinc. O motivo da viagem foi participar do Seminário Universidade e Escolas com o tema Modismo versus cultura alimentar, no dia 27 de junho de 2015. A publicitária realizou a palestra “O que acontece quando modismo e propaganda substituem o arroz com o feijão?”. O evento é promovido anualmente pelo Núcleo Interdisciplinar de Doenças Crônicas na Infância, da Pró-Reitoria de Extensão da UFRGS. Temas como produção de alimentos, agricultura familiar, alimentação escolar e aleitamento materno também foram discutidos no evento. “O objetivo geral foi promover um debate sobre as doenças crônicas, a epidemia de sobrepeso e obesidade e de hipertensão na infância e sua relação com consumismo e os modismos”, explica Noemia Goldraich, que integra a comissão organizadora do evento.
São Paulo vai ao sul da Bahia
Maluh Barciotte mora na capital paulista e trabalha com os temas alimentação e sustentabilidade há mais de vinte anos. No dia 24 de julho ela foi a Olivença, no sul da Bahia, para conversar com educadores indígenas. A ideia surgiu da professora da Universidade do Estado da Bahia, Cristhiane Ferreguett. A oficina Escolhas Alimentares e Saúde: pessoal, social e ambiental foi realizada para a comunidade escolar de duas escolas indígenas da região. Cristhiane, que coordena a área de Leitura e Produção de textos do Programa de Iniciação Docente PIBID Diversidade, sempre apresenta conteúdos relacionados aos temas consumo, infância e alimentação em suas atividades na formação de educadores indígenas. O evento serviu para repensar as tradições alimentares indígenas e a sabedoria local, alertar sobre os riscos dos alimentos ultraprocessados, e apresentar o Novo Guia Alimentar da População Brasileira que contou com a participação de Maluh na sua elaboração. “Foi um momento muito feliz. Achei muito bom conhecer professores indígenas tão comprometidos e entusiasmados e compartilhar o trabalho com a professora Cristhiane Ferreguett”, comenta Maluh Barciotte que, além do trabalho com os educadores, ainda falou para as crianças indígenas. Leia mais sobre a oficina com as comunidades indígenas aqui.
Publicado em 29/07/2015