Movimento defende uma infância livre de consumismo
Presente nas redes sociais virtuais desde 2012, o Movimento Infância Livre de Consumismo, Milc, também faz parte da Rede Brasileira Infância e Consumo, Rebrinc. Por meio do seu blog e da página do Facebook, com mais de 90 mil seguidores, o Milc defende o envolvimento de mães e pais no debate sobre a regulamentação da publicidade infantil e na discussão das consequências dos apelos constantes ao consumo na mídia, escolas e outros espaços. Fora do ambiente online, o grupo tem presença pontual em eventos relacionados ao tema e frequentemente é convidado para debater em eventos sobre sustentabilidade, consumismo e publicidade infantil.
Para uma das fundadoras do Milc, Silvia Düssel, o Milc cresceu rapidamente porque é um movimento que se propõe a refletir junto com o público e a mostrar que nem sempre o que é bonito por fora também é por dentro. “Acho que estamos plantando sementes de informação. E estamos numa época em que, graças a redes sociais e blogs, qualquer debate pode ser ampliado, levando visões e informações alternativas para bem mais longe.” Para ela, o trabalho do Milc gera um incômodo nas pessoas, que passam a entender os mecanismos usados pela publicidade infantil que têm um único objetivo: gerar lucro. “E isso pode ser às custas da saúde mental e física das crianças. E a gente se dedica à causa porque acredita em um futuro melhor. Acreditamos que o respeito à infância deve prevalecer,” conclui.
Para Vanessa Anacleto, outra fundadora do Milc, o movimento veio ao encontro dos anseios de muitos pais e mães. Para ela, o Milc representa um avanço no debate do tema publicidade infantil na medida em que coloca as famílias na construção da questão. “Acho que esse trabalho de conscientização, de disseminação de informação e de fomento ao debate é fundamental para a manutenção da discussão da regulação da publicidade infantil na pauta política em diversas esferas”. Ela lembra que os efeitos na família e na sociedade da propaganda direcionada para a criança são tão devastadores que “dedicar tempo à causa colabora não só com a regulação da mídia mas, a longo prazo, com a retomada de valores antes fundamentais no que diz respeito à criação dos nossos filhos.”
Também fundadora, Mariana Sá, de Salvador, conta que o Milc juntou muitas pessoas que acreditam em um mundo em que valores humanos estejam acima dos interesses das empresas. “Hoje, o blog e as nossas ações nas redes sociais representam um espaço com informação sobre diversos assuntos. E esse nosso trabalho possibilita a inserção da mãe e do pai no debate sobre a influência das relações comerciais na educação das crianças e uma vigilância sobre a conduta e a atuação das empresas.”
Para conhecer o trabalho do Movimento Infância Livre de Consumismo, acesse o blog e siga o Milc nas redes sociais como Facebook, Twitter, You Tube e outras.