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Como surgiu o Biblioteca na Praça?

Como surgiu o Biblioteca na Praça?

Conheça a história da Lu Klain, de Porto Alegre, e do projeto Biblioteca na Praça. Inspire-se e leve a garotada para brincar e ler pelos espaços da sua cidade também. Dia 13 de setembro acontece a segunda edição do evento

 

Uma bela árvore, uma corda e muita diversão

Uma bela árvore, uma corda e muita diversão

 

Espaço para troca e doação de livros

Espaço para troca e doação de livros

 

Como surgiu a ideia do Biblioteca na Praça?
Se eu fosse resumir, eu diria que foi um processo de inquietações. No início desse ano, eu conheci virtualmente uma grande amiga que, pasmem, mora na mesma rua que eu. Esse fato já gerou uma das inquietações: “Quão individualizada está a nossa sociedade a ponto de eu ter que conhecer uma vizinha pela internet?”. Ok, vida que segue. Eu tenho dois filhos, um menino e uma menina, e essa minha amiga, Louise, tem três meninos. Começamos a nos encontrar em uma pracinha próxima de casa. Assunto vai, assunto vem, surge outra inquietação: “a infância também é individualizada. As crianças de hoje não podem brincar na calçada porque é perigoso, jogar bola no meio da rua, nem pensar, são muitos carros na rua, ir brincar na casa do vizinho também não por que sequer conhecemos nossos vizinhos. As crianças já não possuem mais aquele círculo de amizades do bairro, como foi na nossa infância.”

O que mais serviu de motivação para agir?
Mais uma vez a individualização da sociedade veio me sacudir. Eu sabia que precisava fazer algo, e resolvi fazer. Foi um insight: BIBLIOTECA NA PRAÇA. Além de doar e trocar livros, criar brincadeiras com as crianças, fazer piquenique e se divertir. O maior objetivo do projeto é conhecer os vizinhos do bairro, esses que cruzamos na rua e sequer olhamos, trocar experiências com eles, fazer amizades, e principalmente, criar uma rede de pessoas dispostas a se unir, se conhecer, e dessa forma, retomar aquela “boa vizinhança” e o círculo de amizades de bairro.

Como foi o primeiro Biblioteca na Praça?
Ele aconteceu no último dia 2 de agosto em Porto Alegre. Como a praça do bairro Santa Teresa, onde acontece o evento, é grande nós ficamos longe do playground porque queríamos criar nossas próprias brincadeiras junto com as crianças. E digo uma coisa para vocês: é incrível a quantidade de brinquedos e brincadeiras que se pode criar com cordas. As fotos mostram: brincaram, correram, pularam, subiram em árvores, viveram! Foi daqueles dias mágicos que ficam para sempre na memória. Lá eu conheci a Greice, mais uma mãe disposta e sair da bolha, se unir, compartilhar desse círculo de ajuda, de empatia, de aprendizado!

E o que vem por aí e qual o seu recado para as famílias?
Claro que não paramos por aí. Dia 13 de setembro tem outro evento na rua Gibran Khalil Gibran, 249, bairro Santa Teresa, em Porto Alegre. Além da troca de livros, das brincadeiras, também teremos troca de brinquedos e teatro. A Greice, essa mãe que eu conheci no evento passado, se dispôs a fazer o teatro para a criançada. E eu proponho que você que ficou encucada com essa ideia também realize sua biblioteca na praça de seu bairro, crie sua rede também, você pode e deve, porque: “É preciso toda uma aldeia para educar uma criança.”

Ver o mundo por outros ângulos

Ver o mundo por outros ângulos

 

Que gosta de pular corda?

Quem gosta de pular corda?

 

Teve futebol no Biblioteca na praça

Teve futebol no Biblioteca na Praça

 

Leitura e diversão em Porto Alegre

Leitura e diversão em Porto Alegre

 

Pais e filhos em sintonia

Pais e filhos em sintonia

Fotos: arquivo Lu Klain/Biblioteca na Praça

 

Convite para o evento de 06/09/2015 (Transferido para dia 13/09 por causa do tempo)

 

2º Biblioteca na Praça

Dia 13/09/2015 – 14h

Local: Porto Alegre (rua Gibran Khalil Gibran, 249, bairro Santa Teresa)

Saiba mais aqui. (evento Facebook)

 

Nós, da Rebrinc, gostamos muito de divulgar iniciativas que incentivam as crianças a brincar de forma leve e livre, principalmente fora de casa, em contato com o verde. São antídotos para o consumismo que normalmente é associado às opções de lazer, já que nos dão alternativas ao tempo gasto com telas como Ipads e TVs, além das tradicionais idas ao shopping, às praças de alimentação, às compras. Basta encontrar um lugar bacana e reunir a criançada. Não gastamos quase nada (talvez a gente compre algo para um piquenique saudável) e ensinamos que diversão não precisa de consumo, gastos, endividamento. Conhece uma iniciativa como essa? Envie sugestões de matérias para contato@rebrinc.com.br

 

Publicado em 01/09/2015