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Volta às aulas: dicas para ajudar na rotina de estudos

Volta às aulas: dicas para ajudar na rotina de estudos

As crianças e os adolescentes aproveitaram o tempo de férias com bastante tempo livre para a diversão, viagens, brincadeiras e jogos eletrônicos? Estojo completo, livros encapados, cadernos etiquetados… Agora, com a volta às aulas, é importante que as famílias conversem com seus filhos sobre a nova rotina de estudos, os desafios da nova série e a importância da concentração dentro e fora da sala de aula para uma boa aprendizagem. A psicopedagoga e especialista em Educação Cristina Silveira elaborou uma série de dicas para um ano letivo bem produtivo e sem estresse e correria no final das etapas. Afinal de contas, o início do ano letivo é o momento em que os estudantes devem se concentrar bastante nos estudos. “Não adianta deixar para estudar na véspera das avaliações ou fazer as atividades sem envolvimento e às pressas. Cada criança tem seu ritmo mas algumas recomendações ajudam a organizar a rotina. E a regra de ouro, e com certeza o maior desafio, é conseguir que os alunos tenham concentração e isso só é possível quando eles se desligam das redes sociais e dos aplicativos de mensagens. O uso dos celulares e aparelhos eletrônicos na sala de aula e no momento dos estudos é uma questão muito séria. Devemos aprender a usar a tecnologia a nosso favor. O vício em tecnologia é hoje um problema que prejudica muito o aprendizado dos jovens. Os pais e mães devem ficar atentos a isso”, alerta Cristina. Saiba mais sobre o vício em tecnologia aqui.

 

Tudo começa com um planejamento

– Elabore um plano de estudos.

– A vontade de aprender é imprescindível! Isto decidido, vamos partir para a produção, estabelecendo prioridades para o cérebro.

– Realizar um plano que seja coerente com o ritmo do aluno, senão não ele conseguirá cumprir o planejamento. O ideal é elaborar um plano de estudos semanal, organizando os conteúdos que serão estudados. Monte uma tabela semelhante ao horário escolar. Marque em cada dia as disciplinas que irá estudar e, conforme a matéria é dada na sala de aula, vá detalhando os conteúdos ou as metas numa tabela ou quadro afixado.

– Preste atenção aos prazos das tarefas no semestre! Controlando isso, tudo ficará mais organizado. Não caia na tentação de adiar nada planejado, porque as tarefas se acumulam, e fica impossível dar conta de tudo!

– O estudo pode ser realizado em dois ou três períodos de 2 horas no decorrer do dia. Mais do que isso pode levar a uma fadiga mental. Intercale as matérias preferidas com as que não gosta. Evite, por exemplo, estudar Matemática e Física em seguida, já que as duas exigem cálculos.

– Se organize: Tique na tabela cada tarefa realizada. O que não foi feito no período determinado deve ser realizado em um horário extra na próxima semana. Deixe períodos livres para eventuais reposições, mas evite sempre postergar as tarefas.

foto_estudo_pixabay

Fique de olho na rotina 

– Escolha um lugar adequado, com claridade e sem barulhos. Jamais estudar com TV, celulares ou computadores ou rádios ligados.

– Preparar o material escolar antecipadamente, verificando os livros e cadernos que irá utilizar. Tenha sempre um caderno de estudos separado.

– Não deixar as lições de casa para o dia posterior, aproveitando que o conteúdo ainda está “fresco” na mente.
– Elaborar deveres, pesquisas e trabalhos mais fáceis inicialmente para depois realizar as tarefas consideradas mais difíceis.

– Dedicar algumas horas após as aulas e nos finais de semana para rever a matéria, pode render uma boa aprendizagem.

– Perguntar sempre que tiver dúvidas a quem realmente sabe o conteúdo. Entre nos grupos de wattsapp da sala de aula para se inteirar dos deveres de casa.

– Complemente a leitura do conteúdo dos livros e cadernos com vídeos, reportagens, revistas etc. para fixar melhor a matéria.

 

Treine a interpretação de texto
– Ler algo compreendendo com clareza seu conteúdo nem sempre é uma tarefa fácil e depende muito da prática. Não se consegue aprender a ler às vésperas de uma prova, é preciso adquirir o hábito, mesmo que isso seja feito com livros que não tenham relação direta com os assuntos vistos nas aulas.

Os rabiscos: vá destacando com caneta colorida ou marcador de texto as palavras-chave. Se preferir, escreva ao lado de cada parágrafo a ideia principal. Isso facilita a compreensão e o trabalho na hora de rever o assunto.

A interpretação: durante a leitura, relacione e compare as novas informações com o que você já conhecia sobre o tema. O autor pode estar contrariando ou acrescentando algo à informação que você já possui. Pode também estar defendendo uma teoria incorreta. Nunca renuncie ao senso crítico.

A síntese: faça um fichamento de cada capítulo, artigo ou livro lido. Anote em fichas de papel, ou num caderno, o título, o autor, a editora ou a fonte, data da publicação e a página. Depois, relate por escrito o que você compreendeu em um resumo. Consulte-o sempre que precisar retornar ao assunto.

Foto Estudante

Reconheça as particularidades de cada pessoa

– Pesquisar sempre, buscando diferentes referências, como revistas, jornais, filmes entre outros, para realizar a atividade que foi proposta.

– Refazer os exercícios que errou ou apresentou dificuldades;

– Descobrir as melhores técnicas de memorização para estudar no caso do aluno (esquemas, falar em voz alta, dramatizar, estudar em grupos, entre outros).

– Reconhecer as áreas que apresenta dificuldade, dedicando um tempo maior de estudo;

– Busque ajuda se sentir que está tendo dificuldades.

 

O papel da família

– Envolver na vida escolar do filho é imprescindível para o sucesso do aluno. Perguntar a ele o que aprendeu e como isso pode ser importante na vida dele.

– Mostrar para seu filho que ele é capaz de solucionar problemas, dando a ele a capacidade de buscar sua independência.

– Não pressionar nos estudos, fiscalização intensa não funciona. Ensine a ter responsabilidade, pois seu filho não o terá pelo resto da vida.

– Antes de recorrer a aulas de reforço escolar, veja se a criança ou adolescente é capaz de superar a deficiência sozinho.

– Se não tiver tempo, busque orientação de uma psicopedagoga para montar o plano de estudos de seu filho.

 

Desirée Ruas/Jornalista Rebrinc

Fotos: Pixabay