Oficina debate educação financeira e consumismo infantil em Brasília

 

“A criança, além do querer dela, também influencia a compra dos adultos. Mais uma razão para as empresas quererem falar com as crianças. Mesmo que elas não tenham dinheiro para comprar. Quem compra é o adulto, logo, a publicidade deve ser direcionada aos adultos”, resume uma das participantes da oficina realizada em Brasília.  O evento “Educação financeira e consumismo infantil” aconteceu no dia 4 de dezembro e reuniu filhos de funcionários do Banco do Brasil com idades entre 8 e 14 anos, .

Sob a orientação da integrante da Rede Brasileira Infância e Consumo, Raquel Fuzaro, os participantes puderam ver um trecho do documentário “Criança, a alma do negócio” e debater os estímulos para o consumo que atingem principalmente as crianças.

Atentos ao documentário exibido, as crianças refletiram sobre a pressão que a publicidade exerce sobre elas.  Ao contrário da cena do vídeo, onde a maioria das crianças prefere ir ao shopping do que brincar, os participantes falaram que gostam mais de brincar, jogar e praticar esportes.

Na oficina, Raquel Fuzaro levantou questões para sensibilizar as crianças e os adolescentes sobre o combate ao consumismo, tema fundamental em casa ou na escola. “Todos precisam ficar atentos e saber que publicidade para criança é ilegal e gera estresse familiar, dentre outras consequências”, explicou.

Raquel ouviu relatos de casos concretos vividos pelas crianças e falou sobre a importância da leitura crítica da mídia e da publicidade. Canais sem publicidade, do tipo Netflix, e os canais com publicidade escondida dos youtubers, também entraram no debate do grupo. “Os vídeos que mostram crianças falando com crianças sobre brinquedos e produtos são, na verdade, uma forma de fazer publicidade infantil e gerar uma vontade e uma necessidade desnecessárias”, comentaram as crianças.

Os participantes levaram para casa material informativo da Rebrinc sobre o tema para ser discutido com as famílias.

Imagens: Divulgação