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Lista de material escolar: uma oportunidade para a promoção do consumo consciente

Lista de material escolar: uma oportunidade para a promoção do consumo consciente

Por Silvia Adrião – Integrante da Rede Brasileira Infância e Consumo

Este tema não é novidade. Já escrevemos por aqui artigos que discutiam a questão do material escolar, mas nunca é demais. Desta vez, vamos colocar luz ao tema pensando nos pilares da agenda mundial proposta pela ONU –  os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Felizmente, os ODS, como são chamados, norteiam as ações da grande maioria das instituições escolares. É o caso, por exemplo, dos projetos pedagógicos desenvolvidos com crianças e jovens para promover a consciência ecológica e o consumo consciente. Estas ações já são realidade e assim devem ser; cada vez mais e sempre. E, embora isso já seja quase um consenso, algumas vezes, no momento da escola preparar a lista de material  para o próximo ano letivo, os objetivos propostos pela ONU não são considerados. Parece algo simples mas o que a escola inclui na lista de material expressa como ela valida o seu compromisso para a promoção da sustentabilidade. Vale destacar também que dessa escolha consciente e sustentável de lápis, cadernos e livros não se isentam os pais e responsáveis, seja na hora da compra, seja no reaproveitamento do que ainda está em bom estado. Essa ação da família também é fundamental e ajuda a criança a consolidar valores como responsabilidade ambiental e social.

Algumas escolhas e orientações podem ajudar escolas e famílias:

– permitir que os alunos reutilizem todo o material que sobrou no ano anterior, incluindo cadernos que ainda tenham páginas em branco;

– reaproveitar lápis, canetas, borrachas e similares;

– incluir, no cotidiano, garrafas ou copos retornáveis para o consumo de água;

– doar ou trocar livros e materiais que a criança não precisará mais;

– recomendar sebos para a aquisição de livros;

– customizar as capas de cadernos e pastas com ajuda da criança, com desenhos, colagens ou pinturas de autoria, evitando comprar materiais com personagens “da moda” que logo mudam e geram desinteresse;

– dar preferência aos materiais recicláveis, evitando os plásticos ou outros materiais de alto custo ambiental na sua confecção;

– pesquisar, procurar fornecedores de materiais com compromisso ambiental e que utilizem matéria-prima ecologicamente correta;

– fomentar o uso de material de forma coletiva. Ao compartilhar lápis, canetinhas, tesouras, entre outros, promovemos a cooperação e otimizamos os recursos.

Essas são apenas algumas sugestões. Pensemos em outras.

Compartilhe suas ideias conosco e ajude esta corrente por ações mais conscientes que possam se estender por todo o país.

Foto: Imagem de _Alicja_ por Pixabay

Saiba mais sobre a colunista Silvia Adrião:

Sou pedagoga, especialista em Construtivismo/Educação e Mestre em Sociologia da Educação.Tenho mais de 20 anos de experiência no trabalho com crianças e na defesa da cultura infantil. Sou pesquisadora e apaixonada por Literatura infantil e pela abordagem de ensino Italiana de Reggio Emilia. Encontrei na Rebrinc um espaço para ampliar o debate e o alcance das reflexões sobre infância.

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