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Fim da publicidade para um mundo livre de obesidade

Fim da publicidade para um mundo livre de obesidade

 

A Comissão para Erradicar a Obesidade Infantil (ECHO) da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) / OMS (Organização Mundial da Saúde) apresentou em Janeiro de 2016 um relatório final com uma série de recomendações para os governos com o propósito de reverter o cenário global.

Entre as recomendações que fazem parte do relatório está a implementação de programas abrangentes que promovam a ingestão de alimentos saudáveis e reduzam a ingestão de alimentos não saudáveis, e portanto a necessidade de reduzir a exposição de crianças ao marketing de alimentos não saudáveis e bebidas açucaradas. O texto ressalta ainda, que os governos devem definir parâmetros para a execução de mecanismos de monitoramento, e se necessário, considere abordagens regulamentares e estruturais. A regulamentação deve garantir a proteção igual a todas as crianças,  independente do grupo socioeconômico e garantir responsabilidade igual para as empresas independente do porte.

O documento é o resultado de uma pesquisa de dois anos realizada em diversos países e que contou com períodos de consultas públicas. O trabalho constatou que as crianças estão crescendo em um mundo cada vez mais obesogênico que incentiva o ganho de peso e consequentemente a obesidade. Mudanças no tipo de alimento, disponibilidade, acessibilidade e marketing, bem como o declínio na atividade física, com mais tempo gasto em atividades com tela e lazer sedentário contribui para esse cenário obesogênico.

Após a análise dos fatores que propiciam esse mundo obesogênico, a Comissão desenvolveu um pacote abrangente e integrado de recomendações para erradicar a obesidade infantil. A prevenção e seu tratamento requer, segundo o relatório, uma abordagem multidisciplinar que envolva diferentes setores e apela para que os governos assumam a liderança de políticas eficazes na batalha contra a obesidade infantil, e que todas as partes interessadas reconhecem sua responsabilidade em agir em nome da criança para reduzir o risco da obesidade.

A obesidade está associada a doenças crônicas, como diabetes, problemas cardiovasculares, renais e alguns tipos de câncer. A obesidade infantil aumenta a probabilidade de a criança ser um adulto obeso, o que tem provocado uma população doente cada vez mais cedo e em maior número.

 

Fonte: Projeto Criança e Consumo