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Alimentação em casa e na escola é tema de evento da Rede Brasileira Infância e Consumo

Alimentação em casa e na escola é tema de evento da Rede Brasileira Infância e Consumo

Como melhorar o que nossas crianças estão comendo? A dúvida que faz parte do dia a dia das famílias serviu de base para o encontro realizado pela Rede Brasileira Infância e Consumo, pela UMAPAZ e pela Associação de Agricultura Orgânica. Sob a coordenação de Maluh Barciotte, o bate-papo abordou temas como políticas públicas para a alimentação saudável, os riscos dos agrotóxicos e transgênicos e a publicidade de alimentos.

Integrante da REBRINC, Maluh é uma referência quando o assunto é alimentação, saúde e meio ambiente. Bióloga, doutora em Saúde Pública e ativista pela alimentação saudável, Maluh Barciotte hoje preside a Associação de Agricultura Orgânica, AAO. Na Rede Brasileira Infância e Consumo, dentre várias contribuições, destaca-se a oficina sobre alimentação saudável realizada para educadores indígenas no sul da Bahia.

O evento aconteceu no dia 31 de agosto, data de encerramento das comemorações do aniversário da Rede Brasileira Infância e Consumo, em São Paulo. Com a participação de Maluh Barciotte, o movimento “REBRINC pelo Brasil – Eventos colaborativos pela Infância”, lançado em junho, fechou com chave de ouro os três anos da Rede. Ela falou sobre comida de verdade, consumo responsável e produção agroecológica, assuntos que sempre fazem parte de suas palestras e oficinas.

O Guia Alimentar da População Brasileira, que foi lançado em 2014 pelo Ministério da Saúde e contou com a participação da bióloga em sua elaboração, foi lembrado no evento. Ele classifica os alimentos pelo seu nível de processamento e traz como orientação para a escolha destes alimentos. Esta classificação substitui a escolha de alimentos através da Pirâmide Alimentar considerada inadequada e evita o foco no nutricionismo. “O foco aqui é Comida de Verdade”, lembra.

Alimentação escolar
Em casa e na escola, não é fácil proporcionar às crianças e aos adolescentes alimentos que promovam a saúde já que os ultraprocessados seduzem com suas embalagens e comerciais. Como fugir dos alimentos ultraprocessados na hora da merenda escolar? Maluh lembra que o desafio de fazer com que as crianças tenham uma alimentação mais natural e nutritiva depende da iniciativa das famílias, das políticas públicas que incentivem uma merenda escolar mais natural e com orgânicos e de atividades como hortas escolares.

Maluh enfatiza que o desafio é grande já que a mudança do hábito alimentar é um processo complexo, que envolve toda a família, a escola, a mídia e a forma como os alimentos são anunciados.

Outros temas importantes abordados no evento da REBRINC foram o vegetarianismo e o veganismo e o desperdício de alimentos. De forma colaborativa, o evento permitiu aos participantes trocar experiências e pensar em recomendações para as famílias e para os educadores.

A ativista pela comida de verdade, pelo consumo responsável e pela agroecologia Maluh Barciotte

Grupos debatem os temas do encontro

Troca de experiências sobre alimentação

Maluh, Carin Primavesi e Marialice Levy

Construção coletiva de propostas

Marialice Levy, integrante da REBRINC, também participou do evento e falou sobre a caminhada da Rede Brasileira Infância e Consumo

Evento foi uma realização da REBRINC, da UMAPAZ e da AAO

Fotos: Arquivo REBRINC

 

Publicado em 6 de setembro de 2016