Rede Brasileira Infância e Consumo planeja ações para educadores

A Rede Brasileira Infância e Consumo, Rebrinc, avaliou sua trajetória e debateu os rumos de sua atuação no seu nono encontro realizado no dia 31 de julho, em São Paulo. Criada em junho de 2013, a Rebrinc é uma rede horizontal e colaborativa que reúne, virtual e presencialmente, pessoas físicas, instituições e movimentos que refletem sobre consumo e infância. Temas como educação, consumismo, adultização da infância, saúde e alimentação, mídia, sustentabilidade e direitos das crianças e dos adolescentes fazem parte das discussões do grupo.

Os participantes da Rebrinc de vários estados, como São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Bahia, Ceará, além do Distrito Federal, falaram sobre as atividades desenvolvidas desde o último encontro, em fevereiro de 2015. Algumas dessas ações foram a atividade autogestionada “Comunicação e direitos da infância”, no II Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação, em Belo Horizonte; o Seminário Modismo versus Cultura Alimentar em Porto Alegre e a oficina sobre alimentação promovida no sul da Bahia para educadores indígenas. Saiba mais aqui.

Novo foco

Com a ajuda de um planejamento estratégico e de comunicação, elaborado colaborativamente por um grupo de integrantes sob a coordenação da consultora em comunicação Nádia Rebouças, a Rebrinc discutiu formas de aperfeiçoar o seu trabalho em defesa da infância.

O foco na escola é uma das metas da Rede. O planejamento da Rebrinc aponta para a necessidade de se investir mais em ações para os educadores, levando a reflexão sobre o consumismo na infância de forma mais efetiva para o ambiente escolar. Os resultados do planejamento ainda estão sendo debatidos pelo grupo e contempla ações estratégicas que abrangem também outros públicos.

Com experiência em projetos de educação para o consumo, a educadora Maria Belintane participou do grupo que ajudou a construir o novo planejamento da Rede Brasileira Infância e Consumo. Ela comemorou o resultado do trabalho apresentado em mais um evento da Rede. Para Maria, que está na Rebrinc desde sua criação, “o encontro presencial é importante porque é um momento ímpar de discussão, aprendizagem e fortalecimento do grupo sobre os temas criança, consumo, família e educação”.

Débora Figueiredo, mestranda em Psicologia, viajou de Fortaleza para São Paulo para a reunião da Rebrinc. Ela estuda a relação entre as novas tecnologias e a infância e participou de um encontro presencial do grupo pela primeira vez. Para ela, “a Rebrinc é uma rede acolhedora que proporciona o diálogo aberto e construtivo, integrando pais, educadores, profissionais de comunicação e todas pessoas dispostas a lutar por uma infância saudável”.

A troca de experiências entre redes diferentes também contribui para o crescimento da Rebrinc. Rosa Mattos, da Rede Nacional Primeira Infância, RNPI, conta que foi muito interessante poder participar do encontro da Rebrinc em um momento tão especial que é o de planejamento estratégico. “Espero ter podido contribuir de alguma forma, trazendo um pouco da experiência da Rede Nacional Primeira Infância, que vive cotidianamente a potência e os desafios do trabalho em rede. Proteger as crianças contra a pressão consumista e controlar a exposição precoce das crianças aos meios de comunicação são duas metas da Rede Nacional Primeira Infância que estão alinhadas à Rebrinc, e temos convicção de que só a ação coletiva pode nos levar a atingir esses objetivos,” comentou Rosa Mattos.

Além da participação da RNPI, o evento realizado no Colégio São Luís, em São Paulo, reuniu representantes de outras organizações e movimentos que também fazem parte da Rebrinc, como o Idec; o Colégio Marista de Belo Horizonte; o Instituto Alana; o Movimento Infância Livre de Consumismo, Milc; a Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar, IBFAN Brasil; dentre outros.

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