Por um Natal brasileiro
Bem antes de dezembro chegar o comércio e a publicidade não deixam ninguém esquecer: aí vem o Natal. Entram em cena o panetone, as lojas cheias, as casas decoradas, as luzes pela cidade e os presépios. Apesar de estarmos imersos nessa atmosfera, podemos perguntar: de onde vem esta tradição? Qual o sentido real da comemoração? Muita gente questiona a forma como nós, aqui no Brasil, celebramos o Natal. Afinal, pinheiro com neve decorando a sala, Papai Noel com botas, roupa de veludo e gorro na cabeça, ceia com produtos que não são típicos de nossa culinária são sinais de que a comemoração do Natal tem pouco a nossa cara.
Cada vez mais a comemoração natalina vem sendo padronizada em várias partes do mundo. E o Papai Noel acaba sendo o grande festejado da noite, deixando o nascimento de Jesus para segundo plano. Afinal, o bom velhinho vem cheio de presentes, incentivando o consumo e dizendo que mostramos o nosso amor pelas outras pessoas com perfumes, roupas e brinquedos. E o Menino Jesus, o principal motivo da celebração, não é um bom garoto propaganda para nenhum tipo de comércio.
E se cada povo tem a sua cultura, por que não podemos dar um toque mais tropical e original para nossa festa natalina? Por que falamos tanto em Papai Noel e tão pouco no sentido religioso da festa? Que tal reinventar o Natal, sua comida, sua decoração, suas tradições e resgatar hábitos que fortaleçam nossa cultura regional?
O livro “Natal – Tradição, histórias e curiosidades da festa mais esperada”, de Ines Belsky Lagazzi (Edições Paulinas) conta como é a celebração da data em várias partes do mundo e explica as origens de algumas das tradições atuais, como a troca de presentes e a árvore decorada. Um livro para ler para as crianças antes de dormir e ensiná-las a pensar no verdadeiro significado da comemoração tão engolida pelos anúncios comerciais.
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