Memórias natalinas
Por Marialice Levy – Advogada e integrante da Rebrinc
Passei muitas ceias de Natal na casa de tios e quando eu era criança sempre chamavam um Papai Noel. Como sou meio temporona, o Papai Noel ia lá para me dar o presente mas eu percebia que a chegada do “bom velhinho” acabava agradando a todos. Parecia que era um momento mágico e que cada um dava vida à sua “criança interior”.
Muito anos depois, em um Natal na minha casa, minha irmã Vera se vestiu de Papai Noel para meus sobrinhos. Quando as crianças chegaram, eu e as outras irmãs ficamos brincando com elas, enquanto Vera foi se arrumar e pediu a ajuda da Graça, que trabalhava em casa naquela época.
Assim que minha irmã ficou pronta, Graça começou a chorar e dizia sem parar: “Nunca vi um Papai Noel de verdade!!!!”.
Como o “bom velhinho” estava demorando, fui ver o que tinha acontecido e encontro as duas abraçadas, chorando. Secaram as lágrimas uma da outra para que “Papai Noel” pudesse dar o presente das crianças, já impacientes e querendo explorar todos os cantos da casa.
Assim que Papai Noel partiu, as crianças começaram a abrir os presentes e Graça (em “estado de graça”) continuava chorando emocionada e não se cansava de dizer que nunca ia esquecer do dia em que “viu um Papai Noel de verdade”.
Hoje, acreditando que ela, realmente, não tenha esquecido daquele momento, penso nessa “manobra da vida” que fez com que Graça tenha sido uma das poucas pessoas que não foi ao encontro de Papai Noel, mas que recebeu a inesperada visita dele!
Pequenas histórias de Natal é um espaço para expressarmos nossos sentimentos e lembranças acerca das comemorações natalinas de ontem e de hoje. Envie seu texto para contato@rebrinc.com.br