Conversas, encontros e saudade
Por Marialice Levy – Integrante da Rebrinc
Nos últimos anos de vida, meu pai fez um novo grupo de amigos, com os quais almoçava todos os dias.
Quando chegava em casa, com muito brilho nos olhos, contava os causos e as piadas que davam um tempero especial àqueles almoços, sempre tão especiais.
No primeiro dezembro depois de sua morte minha irmã e eu resolvemos participar de um almoço com estes amigos e levamos para cada um, como lembrança, um objeto que havia sido de meu pai. Todos ficaram muito emocionados por poder ter algo dele para sempre, como as felizes memórias daqueles almoços tão memoráveis.
O papo foi ótimo, inclusive por ouvirmos novamente a piada que o divertiu até o final de sua vida. Foi um típico almoço de natal, de um grupo que se formou “por acaso”, se é que o acaso existe, e que continua ligado a nossa família até o dia de hoje, mesmo passados dez anos!
Alguns dias depois fomos levar a lembrança para um outro grande amigo, que não pode comparecer naquele dia. Ao receber uma caneca que havia sido do meu pai, ele ficou extremamente emocionado e nos contou da forte amizade que os havia unido. Ouvimos histórias maravilhosas.
Quanto à caneca, embrulhou-a novamente, para colocar embaixo na árvore de natal, e poder compartilhar este momento também com sua família.
Assim, naquele dezembro, vivi dois momentos que tiveram o verdadeiro significado do natal, carregados de lembranças de bons momentos, risos, amizade, carinho e afeto. Um natal contendo dádivas trocadas por uns cinco anos.
Um Natal de Dádivas que me acompanha e cuja lembrança me emociona até os dias de hoje!
Pequenas histórias de Natal é um espaço para expressarmos nossos sentimentos e lembranças acerca das comemorações natalinas de ontem e de hoje. Envie seu texto para contato@rebrinc.com.br