Cartas para o Papai Noel
Por Maria Belintane – Professora da Unicamp, coordenadora do Grupo de Alfabetização Econômica e Educação para o Consumo, GAEEC, e integrante da Rebrinc
Tive uma infância com Natais felizes, mas nada se compara com as memórias dos Natais que passei com meus filhos. Procurei, juntamente com meu marido, proporcionar aos nossos filhos Natais que trouxessem valores e boas lembranças. O Papai Noel personificava o bom sentimento, um jeito diferente de lembrar do aniversário de Jesus. Como aniversariante, Ele também precisava ganhar um presente. Assim, nós sempre pegávamos cartinhas para o Papai Noel de crianças nos postos dos Correios e distribuíamos um pouco de alegria visitando-as em suas casas.
Os anos se passaram, meus filhos, já crescidos, continuavam com a mesma expectativa em relação ao Papai Noel com a alegria de escrever uma carta e expressar seus desejos. Sempre achei muito estranho pois, teoricamente, não tinham mais idade para isso. Até que um dia eu perguntei para o meu filho mais velho:
– Até quando você acha que o Papai Noel atenderá aos pedidos de crianças grandes?
– Mãe, ele não atende há muito tempo.
– Então, por que você continua a escrever para ele?
– Porque – ele respondeu com o olhar mais lindo do mundo – é muito bom acreditar nele e saber que eu posso fazer coisas boas para os outros.
Bem, sempre lembro dessa história. E sorrio por dentro.
Pequenas histórias de Natal é um espaço para expressarmos nossos sentimentos e lembranças acerca das comemorações natalinas de ontem e de hoje. Envie seu texto para contato@rebrinc.com.br